Ruas E Redes – Dinamicas Dos Protestos Br
O Livro Ruas E Redes – Dinamicas Dos Protestos Br , trata de, “Vemos, ouvimos e lemos… Não podemos ignorar”Cantata de PazSophia de Mello B. AndresenEste é um livro acerca dos usos dos espaços urbanos situados entre os edifícios das cidades e ao redor deles. Parece estranho anunciá-lo deste modo. Como se não fosse esse o lugar onde a ação política mais e melhor se expressa. Contudo, muitas das narrativas sobre o político surgem silenciadas ou invisibilizadas pelos quadros teóricos e analíticos que usamos correntemente para compreender/descrever a realidade política urbana. São Petersburgo, janeiro de 1905. Que sabemos acerca dos modos como a ação política se organizou e foi reprimida nas ruas e praças dessa cidade monumental, em vésperas de uma histórica revolução? Pouco… quase nada. Os exemplos sucedem-se sobre lugares e lutas silenciadas, por isso tornados ausentes. Parecem não ter (ou não ter tido) existência.Este Ruas e s trata de ruas, praças e boulevards de insurreição e rebeldia. Tudo recente… tudo incandescente. Começou há pouco, em Tiananmen. Varreu Sintagma, fez explodir Tahrir, revelou-se na Plaza del Sol… Em seguida passou o Atlântico e fala português. Os espaços públicos urbanos tornados tecnologia política que suporta dinâmicas de protesto social é a narrativa contida nas instigantes sete peças que compõem um livro que se lê de um fôlego. No seu conjunto, revelam uma cidade comunicante e uma gramática política renovada. Juntas, uma e outra, tornam este livro diferente de outros que, repentistas, procuraram, também eles, escrever o surto de acontecimentos iniciados em 2013. A interação da política com as tecnologias e os suportes de comunicação constitui, porém, a diferença específica deste livro. A noção de tempo, tal como a noção de espaço, altera-se, em consequência. Tudo está a mudar. Inclusive a linguagem plástica em que essa mudança se enuncia e a consciência que temos dela. Ruas e s mostra, categoricamente, que não é mais possível ignorar, silenciar e tornar invisíveis as novas dinâmicas, os novos instrumentos e atores, como também os renovados lugares de fazer política. Nos espaços livres situados entre as casas que habitamos na cidade e ao redor delas…Carlos FortunaUniversidade de Coimbra
Se tiver alguma dúvida, entre em contato aqui
Avaliações
Não há avaliações ainda.