Alquimia Dos Circulos
O Livro Alquimia Dos Circulos , trata de, “Alquimia dos circulos” (selo Escrituras) e o livro que reune os poemas de Beatriz Amaral escritos entre 1999 e 2003. e uma poesia que atravessa varios niveis de transmutacao. A transmutacao do modo de dizer, da diccao da poeta, neste seu oitavo livro (e sexto de poesia), e expressa pela recomposicao do verbo, isto e, de uma palavra decomposta e rarefeita que agora se reconstroi em continuo movimento de busca, numa captacao fotografica e imagetica, de onde emergem novos olhares e novas significacoes. Poesia precedida de intensa experimentacao. O titulo do livro surgiu a partir de um dos poemas constante no livro anterior da autora, a coletanea Planagem, que e de 1998. O poema se estruturava nos versos seguintes: projeto alquimico / ouro de grafema. A partir dessa ideia de transmutacao, transfiguracao, de transformacao, se reconstruiu a palavra poetica de Beatriz, nestes quatro anos de producao. Pode-se dizer que Alquimia dos circulos traz uma poesia vespertina, de quem viveu reincidentes naufragios noturnos e incendios do meio-dia e agora contempla a vacuidade gratuita da tarde, as cintilancias minusculas que teimam na pedra, singularizando momentos, faces re-descobertas. A presenca da metalinguagem e intensa, o que constitui uma das predominantes caracteristicas da autora. Vislumbra-se nestes poemas um resgate, uma danca em volta de um porto e de um farol, onde pausas, instantaneos de desalento e surpresas irrompem, se mesclam e desvelam a vacuidade do verbo. Enquanto algo se desvela no cotidiano e alarga o olhar poetico, a lua ainda lateja, ardente, e essa escritura segue em busca de uma luz. Tentando iluminar o desalinho das ideias, essa luz por vezes se corporifica, contemporanea, palpavel, como uva grafitada no intertexto e, translucida, segue, no ritmo vital do sol, transmutando urgencias de calor nas maos. Como cogumelos, entre lapsos e intervalos, na possivel musica de cada silencio.
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