Amor E Dedinhos De Pes
O Livro Amor E Dedinhos De Pes , trata de, Muito antes de a Inglaterra se firmar como o império onde o sol nunca se põe, os portugueses fincaram a cruz e a espada em territórios onde jamais a cristandade havia chegado. Do Brasil ao extremo oriente, o domínio da coroa portuguesa se fez presente, deixando como legado traços da arquitetura, religião, culinária e, sobretudo, da língua. É por conta desse passado já tão distante que hoje a língua de Camões é o idioma adotado por escritores tão diversos que, em comum, dividem apenas a herança lusófona de seus colonizadores. Em tempos do acordo ortográfico, em que se busca derrubar as barreiras da língua portuguesa falada e escrita em locais tão diferentes entre si, a Gryphus Editora lança no Brasil o romance “Amor e dedinhos de pé” e o livro de contos “Nam Van – contos de Macau”, do escritor Henrique de Senna Fernandes, considerado uma verdadeira ‘instituição’ em Macau, na China. Os livros recuperam histórias do único entreposto ocidental da costa da China até a fundação de Hong Kong. Fernandes revela as peculiaridades do encontro das culturas portuguesa e chinesa e as particularidades do idioma português falado em Macau. O sentimento de superioridade português, o isolamento social, as hierarquias de classe e lingüística servem de pano de fundo para desvendar as histórias de uma tradição em vias de se extinguir. Fernandes, de 85 anos, é, sem dúvida, um dos últimos representantes da ponte erguida no século XVI unindo Portugal à China. A retomada de Pequim do enclave português em 1999 acelerou o fim do passado colonial. O escritor é também um dos últimos remanescentes a dominar o dialeto patuá, que mescla o chinês cantonês com o português. Até o século XX, a população de Macau falava predominantemente o patuá. O amor por estas histórias foi resumido pelo escritor na frase: “Se Portugal é minha pátria, Macau é minha mátria”.
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