Caminhos Da Revolucao Brasileira
O Livro Caminhos Da Revolucao Brasileira , trata de, Em Caminhos da revolução brasileira, o historiador Luiz Bernardo Pericás reúne 19 artigos clássicos em que militantes e intelectuais teorizam sobre o tema da revolução brasileira. Elaboradas entre a República Oligárquica dos anos 1920 e a transição da ditadura militar para a mocratização nos anos 1980, essas contribuições trazem diferentes perspectivas sobre como, a partir da formação social brasileira, podemos pensar em caminhos para uma transformação estrutural. Carlos Marighella, Astrojildo Pereira, Caio Prado Júnior, Luiz Carlos Prestes, Ana Montenegro e Florestan Fernandes são alguns dos nomes que compõem este retrato do campo político progressista do século passado. Em suas análises, sobressaem debates sobre as bases econômicas do Brasil e sua modernização, as transformações sociais que acompanham esse processo, bem como as desigualdades persistentes, e a organização e as estratégias políticas necessárias às mudanças. Em artigo de 1947, por exemplo, Caio Prado Júnior diz ser necessário ao Brasil ‘refazer-se sob novas bases, deixar de ser um simples fornecedor do comércio e dos mercadores internacionais e tornar-se efetivamente o que deve ser uma economia nacional: um sistema organizado de produção e distribuição dos recursos do país para a satisfação das necessidades de sua população’. Ana Montenegro, por sua vez, escreve em 1960 sobre a desigualdade da condição das mulheres em relação aos homens: ‘Ao sair para a fábrica, para o escritório, para a escola, para a jornada diária de trabalho fora do lar, a mulher não se livra da jornada diária do pesado trabalho doméstico. […] As trabalhadoras […] só recebem 65% dos salários pagos aos homens’. No atual momento de avanço do neoliberalismo e do conservadorismo, os escritos servem de base para reflexão e de estímulo para debater as mudanças estruturais necessárias ao país na academia, nos movimentos sociais e nos partidos políticos. Com textos de quarta-capa de Marly Vianna e Marcelo Ridenti, a obra conta também com texto de orelha da cientista social Angélica Lovatto.
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