Culturas Do Passado-Presente
O Livro Culturas Do Passado-Presente , trata de, “Nas últimas três décadas, na medida em que ruíam as promessas do futuro que propulsionaram a modernidade, o passado foi se estabelecendo no presente como uma âncora temporal para as sociedades ocidentais. Neste contexto, segundo Andreas Huyssen, “”a c ultura da memória triunfou sobre o presente e bloqueou qualquer imaginação de futuros alternativos””. Um processo segundo o qual “”as projeções da política transformativa minguaram a tal ponto que as lembranças do passado vieram a ocupar um espaço cada vez maior nos debates públicos””. Levando em conta esse movimento, como pensar as mudanças que afetam as estruturas da temporalidade vivida, bem como as formas inéditas de percepção do tempo e do espaço que se desenvolvem nas sociedades m idiátic as contemporâneas? Os ensaios que compõem este livro analisam os impactos políticos e culturais dessas transformações nos modos de lidar com o tempo histórico. Segundo Huyssen, mesmo após o pós-modernismo e a globalização, conceitos com o moderni dade, modernismo e memória, com todas as complexidades históricas e geográficas que os constituem, “”não perderam suas potências como significantes fundamentais para tentarmos compreender de onde viemos e para onde podemos estar indo””. Por isso, explo rando “”geografias alternativas do modernismo””, grande parte dos textos reunidos neste livro analisam obras de artistas contemporâneos da América Latina, da África e da Ásia, que reelaboram o eixo estética/política do presente em termos espaciais e te mporais. Trata-se de trabalhos relacionados a diversos acontecimentos locais que jogam novas luzes sobre a globalização do modernismo e de sua política da memória, distanciando-se dos discursos acerca de um modernismo global único e u m a cultura globa l da lembrança, do esquecimento, da comemoração, e dos direitos humanos.
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