Demerara
O Livro trata de, O romance de estreia de Wagner G. Barreira conta a trajetória do jovem Bernardo, que embarca no navio que trouxe a gripe espanhola para o Brasil — e dá nome ao livro. Bernardo nasceu na Galícia, no norte da Espanha. Ainda criança foi para um orfanato na cidade de Vigo, onde estudou e perdeu a chance de se tornar padre. Em 1918, dois anos após deixar a instituição, leva uma vida errante, vivendo de pequenos golpes ao redor do porto. Convencido por um amigo e precisando desaparecer por um tempo, embarca no vapor Demerara a caminho da América do Sul, na mesma viagem que trouxe a pandemia de gripe espanhola para o continente. Mistura de ficção e eventos históricos, o livro de Wagner G. Barreira dá voz ao narrador personagem ao relatar a travessia do Atlântico, a acusação de ter assassinado o amigo, a prisão em Santos, a convivência com infectados pelo vírus, a fuga para São Paulo e as dificuldades de adaptação na cidade em construção pelas mãos de imigrantes de todo o mundo. Demerara nasceu a partir de conjeturas sobre as origens do avô paterno de Barreira. De Bernardo, o protagonista e narrador, pouco se sabe de fato: era galego, chegou ao Brasil no navio Demerara e morreu no dia do batizado do único filho. Fora esses três fatos, tudo mais é ficção, tentativa de recriar a vida do antepassado a partir do ponto de vista do escritor, que fez uma abrangente pesquisa sobre os fatos históricos do período. QUEM É WAGNER G. BARREIRA? Nasceu em São Paulo, em 1962, cidade onde vive com seus três filhos. É jornalista, trabalhou na revista Veja, no jornal O Estado de S.Paulo e teve passagens por TV Cultura, Jornal do Brasil e revista Aventuras na História. Foi o primeiro diretor editorial de mídias digitais da Editora Abril. Também atuou como professor de Técnicas de Reportagem e Teoria do Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em 2018, escreveu a biografia Lampião & Maria Bonita: uma história de amor e balas (Editora Planeta). POR QUE LER ESTE LIVRO? • Bernardo Gutiérrez Barreira foi, na vida real, ninguém menos do que o avô do autor. • O livro nos mostra que em cem anos, entre a gripe espanhola e a covid-19, os métodos de combate ao vírus permanecem os mesmos: distanciamento social e o uso de máscaras eram, e continuam sendo, as melhores terapias. • É um romance histórico narrado em primeira pessoa com uma prosa elegante e envolvente, que captura a atenção do leitor da primeira à última linha. • Ao longo da obra, o autor coloca habilmente na boca de seu protagonista perguntas a respeito da viabilidade e do futuro do Brasil, questões ainda sem respostas adequadas neste início de século XXI. ,
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