Dois Hussardos
O Livro trata de, Publicada em 1856, um ano após os Contos de Sebastópol, que selaram a entrada triunfal de Lev Tolstói (1828-1910) no cenário das letras russas, com suas descrições vivas e diretas dos conflitos bélicos na Crimeia, Dois hussardos, ao contrário do que se poderia esperar, é uma novela com ritmos matizados, de uma sutileza desconcertante, que revela o escritor na plena posse de seus talentos. Nela, a guerra é um pano de fundo longínquo, pois o que realmente interessa ao futuro autor de Guerra e paz, como diz Italo Calvino em concisa e brilhante análise incluída neste volume, é “a substância mesma de que se compõem as existências humanas”. Em Dois hussardos, num intervalo de vinte anos, pai e filho, ambos militares, detêm-se por uma noite na mesma cidade de província. O modo como interagem com seus habitantes, as seduções e as trapaças em que se envolvem, refletem muito mais do que o quadro mental de dois indivíduos: são índices das transformações profundas pelas quais passava a Rússia no século XIX. Neste que Calvino considera um dos mais belos e característicos contos de Tolstói, é possível enxergar de maneira privilegiada o modo de trabalhar do autor, no qual a aparente simplicidade narrativa oculta sempre uma profunda e complexa relação com a História.
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