Dois Romances De Nico Horta
O Livro trata de, D. Ana, após engravidar e tornar-se viúva de seu primeiro marido, Antonio, casa-se com Pedro e dá à luz os gêmeos Nico e Pedro. A vida da família divide-se entre a cidade e a fazenda, onde estarão as duas paixões de Nico. Dois maridos, dois irmãos, dois lugares, dois romances. Se em seu livro de estreia, Fronteira (1935), Cornélio Penna não delineia os dois polos criados por uma divisa, em Dois romances de Nico Horta o signo do duplo é latente. A materialidade desse duplo se intensifica cada vez mais. Como se encoberta pelo véu opaco de uma linguagem imprecisa, ela se constrói entre o íntimo e o exterior, o delírio e a realidade, a memória e o futuro, a perdição e a salvação, e, por fim, entre a vida e a morte. Nico Horta, atormentado e incapaz de lidar com o mundo ao seu redor, oferece ao leitor caminhos narrativos fantasmagóricos e estonteantes.
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