Doze Ensaios Sobre O Ensaio
O Livro Doze Ensaios Sobre O Ensaio , trata de ; “A coletânea organizada pelo editor da serrote, Paulo Roberto Pires, a antologia apresenta 12 reflexões sobre o ensaio com abordagens distintas, ora intimistas, ora históricas, divididas em cinco blocos temáticos: Conceitos, À Inglesa, Teoria, Latitudes e Variações.No eixo Conceitos, o livro apresenta ensaios do suíço Jean Starobinski (1920) e do americano John Jeremiah Sullivan (1974). Formado em psiquiatria e literatura, Starobinski investiga, em “É possível definir o ensaio?”, as etimologias e as origens do gênero, marcado pela tensão entre o geral e o particular. Já em “Essai, essay, ensaio”, Sullivan, autor do premiado livro Pulphead, explica por que se considera que os franceses inventaram o ensaio, e os ingleses, o ensaísmo. A seção seguinte, À Inglesa, começa com um texto da brasileira Lucia Miguel Pereira (19011959), “Sobre os ensaístas ingleses”, em que a autora defende que a Inglaterra foi o país onde o gênero melhor floresceu. Em seguida, o britânico William Hazlitt (17781830) reflete sobre a sua produção e a de seus contemporâneos, em “Sobre os ensaístas de periódico”, clássico publicado pela primeira vez em português na revista. No eixo Teoria, o leitor encontra dois textos de referência. Um dos grandes teóricos do marxismo, o húngaro György Lukács (18851971) comparece com ”Sobre a essência e a forma do ensaio”. Já o filósofo alemão Max Bense (19101990) defende que o gênero “é uma peça de realidade em prosa que não perde de vista a poesia”, no texto “O ensaio e sua prosa”, que permaneceu, por mais de seis décadas, inédito no Brasil.A seção Latitudes traz três textos. Em “Nossa América é um ensaio”, o colombiano Germán Arciniegas (19001999) associa o gênero à história do continente e à descoberta do Novo Mundo, que abalou as certezas de até então. Em “O ensaio literário no Brasil”, Alexandre Eulalio (19321988) apresenta um panorama da recepção do gênero no país ao longo de 200 anos. A produção do próprio Eulalio é abordada no texto seguinte, “Viagem à roda de uma dedicatória”, assinado pelo editor da serrote, Paulo Roberto Pires (1967). A última seção, Variações, reúne três escritores contemporâneos. Em “Retrato do ensaio como corpo de mulher”, a americana Cynthia Ozick (1928) defende que um verdadeiro ensaio “não serve a propósitos educativos, políticos ou sociopolíticos: é o movimento de uma mente livre quando brinca”. Christy Wampole (1977), professora de Princeton, cria uma analogia entre a figura do ensaísta e a do DJ. Um dos principais nomes da literatura contemporânea, o argentino César Aira (1949) defende, em “O ensaio e seu tema”, que a escrita ensaística é o lugar de união de saberes distintos. ”
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