Escravidao – Povos, Poderes E Legados – Americas, Goa E Angola (Seculos Xvi – Xxi)
O livro Escravidao – Povos, Poderes E Legados – Americas, Goa E Angola (Seculos Xvi – Xxi) , trata de ; Desde os anos 2000, integrantes do grupo de pesquisa Escravidão e Mestiçagens: memórias, comércios, conexões e trânsitos culturais no Novo Mundo, composto por historiadores da escravidão e das mestiçagens oriundos de universidades brasileiras, perscrutam, em perspectiva comparada, aspectos relativos à construção de memórias e mestiçagens biológicas e culturais em sociedades moldadas pela escravidão. A empreitada tem sido um grande desafio, mas ao mesmo tempo tem resultado em sólidas pesquisas frutos de intercâmbios acadêmicos. Entre trocas de ideias e acalorados diálogos, o grupo deparou-se com integrantes do grupo de pesquisa Antigo Regime nos Trópicos, focado, entre outros aspectos, na compreensão de hierarquias sociais escravistas acopladas a estruturas de antigo regime em áreas de conquista. O livro visa, assim, lançar luz sobre grupos sociais, povos e indivíduos que viveram em sociedades escravistas, mas sem fechar portas às suas conexões com o nosso tempo, posto que, quando se perscruta passado e memórias, há continuidades, reelaborações e enfoques variados.Nesse sentido, os desafios atestam a pertinência e a importância do fomento ao debate em torno das acepções sobre escravidão, sobretudo em tempos de reordenação do mundo do trabalho. De certo modo, as sociedades estão presas no tempo em que foram edificadas, mas nem por isso as forjadas na época da escravidão e na República precisam deixar de dialogar. Daí, o livro se compõe com obras que versam sobre diferentes povos e grupos sociais cujas relações estabeleceram distintas formas de contato e de exercício do poder, quer seja em Goa, em Angola ou nas Américas. Visa-se, desse modo, realçar perspectivas variadas sobre economia, religião, saber, política, comércio, linguagem e poder. Em sua diversidade, o livro também realça aspectos metodológicos e conceituais, que se calcam em forte base empírica, na esperança de contribuir com novas questões conceituais e interpretativas que estimulem outras reflexões.
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