Mansoes Abandonadas
O Livro Mansoes Abandonadas , trata de, O selo Escrituras, dentro da Colecao Ponte Velha, edicao apoiada pelo Ministerio da Cultura de Portugal e pela Direcao-Geral do Livro e das Bibliotecas (DGLB), publica “Mansoes abandonadas”, de Jose do Carmo Francisco, organizado por Floriano Martins, com prologo de Nicolau Saiao e ilustracoes de Sergio Lucena. A poesia de Jose do Carmo Francisco, tao simples, tao bela e simultaneamente tao arrojada, evoca nostalgia, amor ao pequeno fato que, todavia, tem um universo proprio. Um humor magoado que se transfigura e que nos da, por extenso ainda que sobriamente, uma grande e bela indignacao antes as injusticas da sociedade, fidelidade a infancia e aos seres que a preencheram, ligacao ao sinal proprio do homem, patente em retratos de figuras tutelares e, finalmente, a discricao e a serena magoa que sao freqüentemente o prologo da mais justa alegria nao profanada por sistemas de valores discriminatorios. Carmo Francisco e um poeta multifacetado, claramente tributario de Florbela Espanca no que esta tinha de intenso, magoado e repleto de paixao. Humor magoado e incursao pelo cotidiano sao caracteristicas maiores da sua poesia, que sabe muito bem levar a agua ao seu moinho poetico onde a farinha e de diversas cores: a cor cinzenta da vida-vidinha, a cor violeta de um fantastico social que se desprende dos poemas assumidamente simples. Sua poesia sabe ser discreta, sem aquelas redundancias que anos e anos de metafisica mal assimilada nos habituaram a verificar em certos poetas, alguns dispondo mesmo de certa aura. Por intermedio de uma brusca inflexao, o poeta conduz-nos entao na direcao certa. E o que ainda e melhor e que nos, leitores, podemos chegar a ela sem ser necessario exagerar na indicacao.
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