O Metodo Da Fronteira
O Metodo Da Fronteira , trata de, O leitor deste livro será confrontado com a seguinte ideia: a de que a fronteira, operador político por excelência, é hoje mecanismo não amputável, não redutível a uma simples condição de obsolescência histórica e política, e, sobretudo, não dispensável; deparar-se-á também com a insistência, talvez ousada, na ideia de que a demarcação se inscreve entre às necessidade vitais de um mundo que, precisamente, se apresenta como irrestrito e que, encerrando a fronteira um potencial demarcatório inestimável, ela pode ser mecanismo de resistência contra o totalitarismo das sociedades incapazes da produção de limites. Mas deparar-se-á também com uma advertência: a de que, de acordo com essa providência cautelar da democracia segundo a qual devemos poder defender-nos daquilo que nos defende, a fronteira é, basicamente, imprevisível e merece, por conseguinte, tanto as nossas reservas quanto a nossa atenção. Merece, numa palavra, que a consideremos pelas dimensões técnicas que, como dispositivo que é, ela assegura, isto é, que a avaliemos, afinal, pelo seu método. (…) Quanto mais conheço o assunto, mais me parece que ele é demasiado sério para o depurar das dimensões pragmáticas. Tenho a convicção de que o leitor mais heterodoxo se reconhecerá nesta posição. – Rui Cunha Martins, da Introdução
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