O Jovem Hegel
O livro O Jovem Hegel , trata de ; Concluído no final de 1938 e publicado uma década depois, O jovem Hegel é um dos trabalhos filosóficos mais importantes de György Lukács. Mereceu, ao longo dos anos, importantes edições em diversos idiomas. A que se publica agora, 70 anos após a original alemã, é a primeira em português. Ao se debruçar sobre as obras juvenis do filósofo alemão, Lukács resgata os momentos de construção do pensamento que veio a se tornar a expressão mais ampla e mais completa do pensamento burguês. Ao mesmo tempo que propõe uma análise de rigor da fase juvenil de Hegel, o autor denuncia a decadência ideológica da burguesia, que renuncia à grandeza racionalista do sistema filosófico hegeliano em prol das tendências irracionalistas, que passam a vigorar a partir do século XX. Trata-se de uma obra fundamental tanto para a biografia intelectual de Lukács quanto para a recepção de Hegel nos séculos XIX e XX. No primeiro âmbito, vale notar que é no momento que coincide com a elaboração de O jovem Hegel que o perfil teórico de Lukács adquire seus traços mais decisivos e duradouros. No segundo, o livro oferece um aporte radicalmente original, seja no marco da bibliografia até então produzida sobre Hegel, seja no campo dos estudos conduzidos por marxistas. A importância da obra ultrapassa, porém, esses dois âmbitos. É nela que se delineia a concepção segundo a qual no pensamento de Marx há uma constitutiva inspiração ontológica. (…) Aqui, portanto, O jovem Hegel aparece como um ponto de inflexão na história do que a tradição convencionou designar como marxismo.
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