O Que Jamais Se Poe Entre As Pedras
O Livro O Que Jamais Se Poe Entre As Pedras , trata de, SOBRE ESTE LIVROOs fragmentos do poema O que Jamais se Põe Entre as Pedras podem ser lidos como um ensaio sobre o tempo, uma espécie de constelação do agora: um museu em ruínas, em chamas. Trata-se, sobretudo, de um poema-montagem, uma obra escrita com amarras e construções de aparência incompleta; hipóteses de leitura, esboços e imagens sobrepostas. A própria noção de fragmento, na qual se insere o poema, nos causa estranhamento se pensarmos na máxima da precisão técnica e o fino acabamento da produção, que regem nosso tempo. O autor nos traz no poema uma escrita incompleta ou interrompida, em uma alegoria vertiginosa sobre o tempo. Não à toa, a imagem do fio, das fiandeiras, em alusão às Parcas, percorre os 21 fragmentos do poema: “tecer até os ossos, até a ponta da língua — / na penúria da palavra, tecendo…// fiandeira inflexível, / incapaz da pausa!”. O que jamais se põe entre as pedras não entrega uma leitura lógica e ordenada, nos traz um mosaico singular do contemporâneo. Em sua construção textual, o autor recombina imagens e passagens diversas, a partir de novas perspectivas. Desse modo, é possível notar ecos textuais atribuídos ao poeta de Ceos, inseridos no contexto trágico das florestas brasileiras. Ou ainda a ressignificação de fragmentos do filosofo de Agrigento como uma elaboração de um acontecimento banal do cotidiano. Acima de tudo, trata-se de um poema que fala para o nosso tempo, que expressa por meio da linguagem poética o estar-no-mundo. E nesse sentido, vale sempre lembrar uma das teses do espólio de Walter Benjamin, que afirma: que “não há um documento da cultura que não seja, ao mesmo tempo, um documento da barbárie”. ***o tempo ata tuas mãos, apressa tua fala, o tempo desgasta no coração o tempo, tempo revolto; os l u g a r e s do tempo — antes de nós, o tempo o início do tempo, em nós ________
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