O Surrealismo Portugues E Teixeira De Pascoaes
O Livro O Surrealismo Portugues E Teixeira De Pascoaes , trata de, O selo Escrituras apresenta o livro “O Surrealismo Portugues e Teixeira de Pascoaes”, do autor portugues Antonio Candido Franco (1956), titulo da Colecao Ponte Velha, em edicao apoiada pela Direcao-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, orgao da Secretaria de Estado da Cultura do governo de Portugal. As relacoes do poeta Mario Cesariny (1923-2006) com a obra e a figura de Teixeira de Pascoaes (1877- 1952) marcaram a terceira fase do desenvolvimento do surrealismo em Portugal, a da maturidade, na decada de 1970 do seculo XX, ajudando a reorientar a obra poetica de Cesariny numa direcao inesperada, a da satira antipessoana, com a edicao de Virgem negra (1989). Entre os varios momentos desse relacionamento, destacam-se os seguintes passos: as duas compilacoes, Aforismos e Poesia de Teixeira de Pascoaes, de 1972, reeditadas em 2002 num unico volume; o texto estudo “Para uma Cronologia do Surrealismo Portugues” (1973), em que se avanca o juizo Teixeira de Pascoaes, poeta bem mais importante, quanto a nos, do que Fernando Pessoa; o epistolario de Cesariny para os dois habitantes da casa de Pascoaes seus coetaneos, Joao e Maria Amelia Vasconcelos, Cartas para a casa de Pascoaes (2012), e em que se colhem valiosos elementos num arco temporal que vai de 1968 a 2004. Procura-se com este livro, que ora se entrega ao publico brasileiro, dar um contributo para o estudo compreensivo desse apertado no da historia poetica do seculo XX portugues, dando destaque aos principais motivos da relacao de Mario Cesariny com Teixeira de Pascoaes. Franco reune nesta obra alguns textos que tem por direcao comum a ligacao de Teixeira de Pascoaes ao surrealismo e a alguns dos seus aspectos e criadores maiores em Portugal. O primeiro desses textos e uma entrevista que o autor fez em finais de 1997 com Mario Cesariny (repetida depois em 2002 com o pernambucano Alipio Carvalho Neto) e uma carta de Artur Manuel do Cruzeiro Seixas, de 2009, ambas sobre Teixeira de Pascoaes. Com as indagacoes, Franco pretendeu tirar a limpo o papel do Zaratustra do Marao junto dos protagonistas da aventura surrealista portuguesa. O livro traz tambem outros textos, ineditos ou nao, que, segundo o autor, “tocam a mesma questao, quer pela retrospectiva da obra de Teixeira de Pascoaes, quer pela sua relacao sempre contraditoria, sempre magistral, com Fernando Pessoa, [juntando] duas cronologias, uma de Teixeira de Pascoaes e outra de Mario Cesariny, para tornar mais acessiveis ao publico brasileiro; dois escritores portugueses que sao, com muita injustica e muita industria de disfarce, pouco mais do que dois desconhecidos fora de Portugal, mau grado o primeiro ter sido, com o grande Ferreira de Castro, nas decadas de 1930 e 1940 do seculo passado, o mais traduzido no mundo, e o segundo, sem par, o mais importante agitador poetico da segunda metade do seculo XX portugues.”
Avaliações
Não há avaliações ainda.