Relicario de Cuspes
O Livro trata de, Para cumprir a viagem mais importante de sua vida, um homem-menino se lança ao mar interior com uma jangada e o desejo de resgatar em suas profundezas as palavras duras por tantos anos cuspidas contra ele, escondidas pelo tempo e por defesa, mas que mesmo esquecidas ainda sentia entre a pele e os músculos, doíam a cada movimento, pressionavam o peito, despertavam imagens torpes e esquartejavam afetos. Uma jornada tão hostil quanto bela e acolhedora, e que ao resgatar essas palavras que tanto machucaram trouxe também à tona os nomes das bocas próximas que as cuspiram, e revelou o quanto a violência verbal, tão comum nos relacionamentos familiares, é capaz de interferir em destinos e deixar marcas permanentes. relicário de Cuspes, de Leonardo Valente, é uma história de lembranças violentas e ao mesmo tempo de grande beleza lírica, um texto onírico repleto de signos e de tempos meticulosamente sobrepostos, onde cada palavra que corta como navalha revela um oceano de sentidos. É também um livro de sensações provocadas por uma enxurrada singular de cores, músicas e tecituras narrativas, e de personagens fortes com traços surrealistas, como a tia cruel vestida de girassóis, o pai que todos os dias explode em agressividade e exala fumaça de cigarro pelos poros, e a misteriosa e dolorida porta com placa de mãe. Com criogenia de D. ou manifesto pelos prazeres perdidos, aclamado pela crítica, traduzido para o inglês e o espanhol, publicado em cinco países e adaptado para o teatro, Valente rompeu estruturas narrativas e impactou com a forma até então inédita com a qual tratou o gênero da personagem. Agora, neste novo e primoroso romance, o autor inova mais uma vez na linguagem e na estética, e com maestria conduz o leitor às regiões abissais de um personagem e ao que de melhor se produz atualmente em literatura contemporânea. ,
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